sexta-feira, 10 de agosto de 2018

O HOMEM QUE QUERIA SALVAR O MUNDO


" O Homem que Queria Salvar o Mundo”, relata a história de Sergio Vieira de Mello, um dos mais carismáticos diplomatas brasileiro de sua época, que viveu e morreu servindo o País em várias partes do mundo.
Este livro foi escrito por Samantha Power, jornalista e professora de relações internacionais da Universidade de Harvard, hoje uma das maiores autoridades nos assuntos. Parte de sua grande experiência foi adquirida como assessora de política internacional do então senador americano Barack Obama, no período de 2005 a 2008.
O livro é praticamente uma biografia de Sergio Vieira de Mello, que nasceu em 15 de março de 1948, no Rio de Janeiro. Punido pelo regime militar, seu pai foi obrigado a se mudar com a família para o exterior e com isso, Sergio ingressou cedo na carreira diplomática, seguindo a profissão de seu pai, aos 21 anos, Mello começou a atuar na ONU - Organização das Nações Unidas , conciliando o seu trabalho com os estudos de filosofia na Universidade de Paris, onde morava.
Na ONU, o brasileiro atuou no setor para refugiados, em Genebra, e serviu em operações humanitárias e de paz por regiões onde havia conflitos e guerras como em Bangladesh, Sudão, Chipre, Moçambique e Peru. Hábil negociador Mello se destacou na suas atividades e em 1981, foi nomeado para o cargo de Conselheiro Político Sênior das forças da ONU, no Líbano.
Depois disso, ocupou diversas funções importantes na instituição, como a de diretor de departamento regional para Ásia e Oceania, enviado especial do Alto Comissário ao Camboja e coordenador humanitário da ONU na região dos Grandes Lagos, na África.
Em 1996, Mello foi nomeado Assistente do Alto Comissário da ONU para refugiados e, dois anos depois, assumiu em Nova Iorque o cargo de Subsecretário Geral para Casos Humanitários e Coordenador de Emergência. Em Kosovo, assumiu temporariamente a função de representante geral do Secretário-Geral da ONU. Quando atuou no Timor Leste, Mello ocupou o cargo de
Administrador Transitório da ONU, tendo como maior feito, o encaminhamento que levou o Pais à Independência e à realização de eleições livres.
Em 12 de setembro de 2002, atingiu seu auge na questão de Direitos Humanos da ONU, quando foi nomeado para o cargo de Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU, permanecendo nesta função até 2006. Na seqüência, no mesmo ano, assumiu como representante especial do Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, para o Iraque, onde ficou apenas 4 meses. Sua missão era restabelecer a tranqüilidade e ajudar o País a construir um governo democrático no pós-guerra.
Sergio Vieira de Mello teve sua capacidade comprovado pelos diversos cargos de grande importância que ocupou na ONU em diversas partes do mundo, e já se previa no futuro, a possibilidade de vir a ser o Secretário Geral, um dos cargos com mais poder no mundo, mas sua missão foi interrompida após a explosão de um carro-bomba estacionado em frente ao hotel que servia de sede provisória da ONU no país. Neste ataque terrorista, o mais violento ataque realizado contra uma missão civil da ONU até aquela época, alem do Sergio Vieira, outros 21 funcionários foram mortos e cerca de 150 pessoas ficaram feridas. Este ataque foi atribuído pelo Estados Unidos à rede Al Qaeda, de Osama Bin Laden. Após o ataque houve a retirada dos funcionários estrangeiros da ONU no território iraquiano.
O corpo do diplomata foi enterrado no cemitério de Plainpalais, em Genebra. Alguns meses após o atentado, a ONU realizou uma homenagem póstuma, entregando o Prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas àquele que foi um dos mais importantes diplomatas do Brasil e da entidade.  Na vida pessoal, Sergio era separado de sua esposa Annie, com quem teve dois filhos Laurent e Adrian.
Um livro fantástico! Sergio Vieira de Mello foi um exemplo do que é ser brasileiro.

Recomendo a todos.

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