sexta-feira, 10 de agosto de 2018

ENQUANTO O DITADOR DORMIA...


Já publiquei neste blog algumas resenhas de livros que falam de historias vividas durante a Segunda Guerra Mundial, um momento conturbado da humanidade, mas rico em momentos que viraram grandes sucessos editoriais. Escrever sobre Hitler, Churchill, Mao Tse Tung e outros lideres mundiais é sempre sinônimo de sucesso, daí a grande quantidade de livros sobre este homens que ficaram pra sempre marcados na Historia.

A Europa viveu durante a guerra sob o domínio de ditadores, como Mussolini, na Itália e Antônio de Oliveira Salazar, em Portugal e é sobre Salazar que vou escrever a resenha de hoje. Trata-se do livro “Enquanto o Ditador Dormia...”, de Domingos de Freitas Amaral, escritor português, formada pela Universidade Católica Portuguesa e com mestrado pela Universidade de Columbia.

O livro conta o momento vivido em Lisboa pós-guerra, aonde milhares de refugiados, entre eles atrizes, judeus e espiões chegaram àquela metrópole e aqueceu muito o comercio de Portugal, tornando-a palco para o surgimento de grandes fortunas. Mas o que fazia Lisboa ser tão especial?

Antonio de Oliveira Salazar pode ser a resposta, pois durante a guerra, a aparente neutralidade portuguesa no conflito, garantida com mão de ferro pelo seu governante maior, que controlava, ou acreditava que contralava tudo. Na realidade, em Lisboa era um local de encontros secretos e era frequentados por comunistas, ingleses, alemães, apoiadores de Salazar e amigos do ditador. Estes últimos, apesar de gozarem da intimidade do líder, não deixavam, contraditoriamente, de admirar o perfil liberal do general inglês Winston Churchill.

O livro relata através do personagem Jack Gil Mascarenhas Deane, 85 anos, filho de mãe portuguesa e pai inglês, dono de companhia de navegação, volta a Lisboa, depois de mais de 50 anos longe da cidade, para participar do casamento de um neto. Ele representava a fragilidade que existia na no submundo da guerra.

Salazar, que a tudo dominava, segundo a lenda criada, multiplica seus olhos e ouvidos por cada viela de Portugal, mas quando ele dormia – segundo os relatos – ele dormia pouco – Lisboa se despertava para um mundo mágico, de amores, traições e grandes personagens que inspiraram e continuam inspirar até hoje o imaginário de milhões de pessoas, que viveram ou tiveram conhecimento daquela época, que embora seja uma página negra na historia do mundo, é também uma lição aprendida que deve ser contada pra sempre.

Leiam o livro “Enquanto o Ditador Dormia...” e terão uma ideia bem atualizada dos meandros da política da Europa durante a Segunda Guerra Mundial.

Vale a pena!

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