sexta-feira, 10 de agosto de 2018

DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS


Jorge Leal Amado de Faria – Jorge Amado, como ficou conhecido, nasceu em Itabuna, cidade próxima a Ilhéus, no sul da Bahia, região que o autor reproduziu em vários de seus romances, principalmente Gabriela, que hoje é apresentado na Rede Globo. Jorge Amado foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.

 A grande maioria de suas obras foi adaptada para o cinema, teatro e para a televisão além de ser tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, inclusive com edições em Braille e em fitas gravadas para cegos.

Suas principais obras foram, na minha visão, foram Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra, Capitães de Areia, Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres, mas como existem outros títulos, alguém poderá discordar.

 O romance “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, é uma história que de início parece não ter muito a ver com nossas vidas, imaginamos que coisas tais como essas nunca poderiam acontecer. E é justamente nesse ponto que nos enganamos, o romance mostra muito bem isso.

A história acontece em uma cidade tipicamente do interior do Brasil, mais precisamente no nordeste, onde prevalece o sentimento machista de o homem poder ter várias amantes e que a figura da mulher é relegada a simples tarefa doméstica e a realização sexual do homem, além de ser objeto de desejo e meio de procriação.·.

Nesse meio é que surge Dona Flor como é conhecida; Uma mulher que parece ser como a maioria das mulheres: esforçada, trabalhadora e corajosa. Mas que a difere das outras é que esconde dentro de si um espírito inquieto e insaciável e que irá fazer com que ela se volte contra toda uma sociedade.

No livro, Dona Flor se casa com Vadinho, uma pessoa boêmia, que levava uma vida de prazeres, vivendo de jogos e aventuras nos bordeis. Levava uma vida sem muitas preocupações, apenas dedicando seu tempo para o prazer com várias mulheres.

Dona Flor, quando aceitou Vadinho para marido, sabia da personalidade dele e sempre o perdoava, mesmo quando chegava em casa depois de uma noitada na companhia de outras mulheres ou parceiros de jogos.  Embora seu sentimento fosse de raiva, logo se transformava em uma paixão desenfreada, uma mistura de amor e desejos, pois Vadinho a satisfazia plenamente.

O tempo passa e num domingo de Carnaval, quando dançava, Vadinho morre, deixando Dona Flor desconsolada. Passado algum tempo, ela resolve aceitar o pedido de casamento do farmacêutico Teodoro, solteirão convicto. O casamento acontece com as bênçãos de sua mãe Rozilda, mas embora Dona Flor tenha recuperado a paz e a serenidade de novo. seu novo marido não a satisfaz como Vadinho.

Ela vivia pensando no ex-marido e procura em um terreiro de candomblé para trazer Vadinho de volta, seu desejo é realizado. Somente ela consegue vê-lo e agora o impasse é outro, pois ela é casada e ao mesmo tempo tem seus desejos satisfeitos por Vadinho. Mas como Dona Flor é uma mulher recatada, não aceita tão situação.

Ela volta ao terreiro e pede que o mandem de volta ao mundo dos espíritos. No entanto, quando Vadinho desaparece Dona Flor sofre de saudades.
Então ela pede para o padroeiro da cidade que se trazer Vadinho de volta e paga uma promessa ao santo. Ele volta e a partir daí, ela passa a viver feliz, ela e seus dois maridos, Vadinho e Teodoro,


Imperdível.

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