sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O Diário de Anne Frank


Espero poder confiar inteiramente em você, como jamais confiei em alguém até hoje,
e espero que você venha a ser um grande apoio e um grande conforto para mim.
(Anne Frank, 12 de junho de 1942.)

Esta semana foi dada uma prova sobre um livro que eu já havia lido duas vezes e gostado muito, que é o Diário de Anne Frank. Preparando-me para a prova, reli-o novamente e resolvi publicar um rápido resumo sobre ele e convidar você, caro amigo que sempre me acompanha nas minhas publicações, caso ainda não conheça esta obra, faça um esforço e o leia. Certamente você vai gostar muito, assim como milhões de leitores em todo mundo se apaixonaram por esta linda garota judia, que foi uma das milhares de vitimas, que pagou com a vida, as loucuras da Segunda Guerra Mundial.
Anne Frank
O livro conta que Anne Frank, cujo nome completo era Anne Marie Frank, nasceu em 12 de junho de 1929 em Frankfurt, Alemanha, filha de Otto e Edith Frank. Morou nesta cidade até 1933, em companhia dos pais e de sua irmã mais velha Margot, quando se mudaram para a Holanda. Anne ainda ficou na Alemanha morando com seus avôs por mais 01 ano
 Em 1940, já durante o desenrolar da Segunda Guerra Mundial, os alemães ocuparam Amsterdã, onde Anne morava com os pais. Neste período já tinha sido estabelecido o ideal de Hitler de acabarem com os judeus e em 1942 os alemães, com a colaboração dos holandeses, concentraram todos os judeus que moravam na Holanda, em um campo de prisioneiros próximo a cidade de Assen, quase na divisa com a Alemanha. Milhares de judeus seguiram deste local direto para a morte nos campos de extermínios de Auschwitz-Birkenau e Sobibór, na Polônia
Anne e sua família esconderam-se em um apartamento em companhia de quatro judeus holandeses no inicio da ocupação alemã e depois viveram por 02 anos no sótão de um prédio que ficava atrás do escritório da família, que Anne chamava este local como o “Anexo Secreto”. As roupas e alimentos da família eram conseguidos pelos amigos de seu pai e esta situação permaneceu ate meados de 1944, quando a Gestapo, policia alemã, descobriu o esconderijo e todos foram enviados para Westerbork.
Já no campo de concentração, Anne e irmã Margot foram transferidas para o campo de Bergen-Belsen, próximo à cidade de Celle, no norte da Alemanha, para trabalharem como escravas, isto graças a suas juventudes, mas ambas vieram morrer em  março 1945, vitimas de tifo, uma doença que na época matava muita gente. Seus pais também foram selecionados para trabalho escravo, sendo que sua mãe morreu em Auschwitz e seu pai sobreviveu à guerra
Em rápido resumo, Anne Frank viveu sua vida toda praticamente na guerra. O seu olhar de criança e garota ainda, visto ter morrido com apenas 13 anos, relatou em seu diário, no tempo em que ficou escondida seus medos, esperanças e experiências. Todas suas anotações foram encontradas mais tarde, após a prisão de Anne pela Gestapo, por Miep Gies, uma das pessoas que havia ajudado a família a esconder-se em Amsterdã.  Quando a historia foi publicada, os povos que haviam participado e sofrido muito com a guerra tornaram Anne Frank  o símbolo da perda do potencial de todas as crianças que morreram no Holocausto.
Uma linda historia que não pode deixar de ser lida.

Recomendo mesmo,

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Einstein


Esta semana, durante uma aula de Física, o professor comentou sobre Albert Einstein, que embora seja hoje considerada uma das maiores inteligências da Humanidade, tratava-se de um homem simples, simpático, mas ao mesmo tempo era impertinente e distante e mantinha relacionamentos pessoais difíceis, segredos e casos extraconjugais. Desprezava a Guerra e se divertia com seus status de celebridade. É desta maneira que o jornalista Walter Isaacson, que já foi presidente dos grupos de comunicação Time e CNN, no seu livro aclamado pela critica, Einstein: Sua Vida, Seu Universo, descreve este notável cientista. O livro foi escrito baseado numa coleção de cartas divulgadas após a morte da enteada de Einstein, conforme constava do testamento da mesma. Ele nasceu na Alemanha em uma família judaica não-observante em 14 de março de 1879 e quando ele tinha um ano, a família se mudou para Munique. Com três anos de idade, Einstein apresentava dificuldades de fala, mas aprendeu precocemente, já aos seis anos tocar violino, instrumento que o acompanharia ao longo da vida.

Einsten ainda jovem
Em 1885, Hermann fundou, com o irmão Jacob, uma empresa de material elétrico. Em outubro daquele ano Einstein começou a freqüentar uma escola católica em Munique. Depois entrou no Luitpold Gymnasium, onde permaneceu até os 15 anos. Em 1895
fez exames de admissão à Eidgenössische Technische Hochschule (ETH), em Zurique. Foi reprovado na parte de humanidades dos exames. Foi então para Aarau, também na Suíça, para terminar a escola secundária, o que ocorreu em 1896. Cursou o ensino superior na ETH em Zurique, onde mais tarde foi contratado como professor.

A Teoria da Relativadade

Entre 1909 e 1913 Einstein lecionou em Berna, Zurique e Praga. Voltou à Alemanha em 1914, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial. Aceitou um cargo de pesquisa na Academia Prussiana de Ciências junto com uma cadeira na Universidade de Berlim. Também assumiu a direção do Instituto Wilhelm de Física em Berlim.
Albert Einstein foi o físico que propôs a Teoria da Relatividade. Ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1921 e tornou-se um símbolo mundial de inteligência e suas descobertas causaram uma profunda alteração do pensamento humano, com interpretações das mais variadas.
A foto mais conhecida e divulgada
O livro tem inúmeras passagens sobre a vida pessoal deste grande homem, escrito numa linguagem fácil e compreensiva. É uma obra indispensável para todos aqueles que se interessam por este assunto.


Vale a pena!


Fotos compiladas do Google

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Como Falar em Publico


Izidoro Blikstein
Como falar em publico? Eis ai uma pergunta fácil de fazer e dificil de responder. Eu, como a maioria de vocês, também tenho dificuldade para falar em publico. É dificil quebrar a timidez de enfrentar um grupo de pessoas, na maioria das vezes desconhecidos e passar a mensagem que você propoem fazer.
Ainda com 14 anos, iniciando o segundo grau, com a mudança de escola e metodo de ensino, os professores sempre nos desafiava a responder perguntas ficando de frente para os colegas de classe e em voz alta, transmitir a resposta da pergunta para que todos ouvissem. Confesso que no inicio foi dificil, mas com o passar do tempo, já familiarizado com os colegas, a tarefa era mais fácil de ser realizada.
Um certa ocasião fui convidado pela Rede Globo  ir a São Paulo visitar a Bienal do Livro e naquela ocasião fui colocado a prova, pois tive que conversar com autores de livros, dar entrevistas e debater um livro com o reporter Rodrigo Alvares. Confesso que estava muito preocupado, afinal, o nervosismo sempre trabalha contra. No final das contas, acho que me sai relativamente bem, mas vendo as reportagens posteriormente, vi que tinha que melhorar meu desempenho, minha dicção e minha comunicação se eu quisesse falar em publico.

Reinaldo Polito

Resolvi procurar respostas nos livros.  Li 02 livros a respeito e recomendo a leitura deles para quem realmente quer quebrar a inibição de falar em publico. Neles encontrei técnicas que possibililitam o treinamento e vão dando a segurança necessária para que a comunicação para um grupo de pessoas seja feita de uma maneira mais clara. Umas dicas valiosas são as seguintes





Decore o texto, se possivel, mas saiba exatamente o que vai dizer no início da fala, pois neste momento estará ocorrendo maior liberação da adrenalina.

Leve sempre um roteiro escrito com os principais passos de apresentação, mesmo que não precise dele. É só para dar mais segurança.

Se tiver que ler algum discurso ou mensagem, imprima o texto em um cartão grosso ou cole a folha de papel numa cartolina, assim, se as suas mãos tremerem um pouco o público não perceberá e você ficará mais tranqüilo.

Ao chegar diante do público não tenha pressa para começar. Respire o mais tranqüilo que puder, acerte devagar a altura do microfone (sem demonstrar que age assim de propósito), olhe para todos os lados da platéia e comece a falar mais lentamente e com volume de voz mais baixo. Assim, não demonstrará a instabilidade emocional para o público.

No início, quando o desconforto de ficar na frente do público é maior, se houver uma mesa diretora, cumprimente cada um dos componentes com calma. Desta forma, ganhará tempo para superar os momentos iniciais tão difíceis. Se entre os componentes da mesa estiver um conhecido aproveite também para fazer algum comentário pessoal.

Antes de falar, quando já estiver no ambiente, não fique pensando no que vai dizer, preste atenção no que as outras pessoas estão fazendo e tente se distrair um pouco.

Antes da apresentação evite conversar com pessoas que o aborreçam, prefira falar com gente mais simpática.

Antes de fazer sua apresentação, reuna os colegas de trabalho ou pessoas próximas e treine várias vezes. Lembre-se de exercitar respostas para possíveis perguntas ou objeções, com este cuidado não se surpreenderá diante do público.

Se der o branco, não se desespere. Repita a última frase para tentar lembrar a seqüência. Se este recurso falhar, diga aos ouvintes que mais a frente voltará ao assunto. Se ainda assim não se lembrar, provavelmente ninguém irá cobrar por isso.

Todas essas recomendações ajudam no momento de falar, mas nada substitui uma consistente preparação. Use sempre todo o tempo de que dispõe.

Isto não significa que apenas com estes conselhos você vai conseguir realizar todas as proezas de enfrentar um publico, mas é o inicio de um treinamento. O segredo e treinar e treinar muito.

Vale a pena ler estes livros.



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Gabriela, Cravo e Canela


O dia de hoje amanheceu gelado para os padrões de São José do Rio Preto e como estava convidativo para ficar em casa, aproveitamos o momento em família e fomos todos ver fotos antigas, um grande passatempo. Numa das fotos, me encontrei de volta a Ilhéus, na Bahia, local onde fiz minha primeira viagem de férias em companhia de meus pais. Na época eu ainda era muito pequeno, tinha cerca de 4 ou 05 anos de idade. Nos comentários de cada foto, surgiu a vontade de escrever sobre um livro que teve sua historia baseada naquela cidade e que a tornou famosa no mundo inteiro. O livro que me refiro é “Gabriela Cravo e Canela”, de Jorge Amado, um dos maiores autores brasileiro do século XX. Jorge Amado de Faria nasceu na Fazenda Auricídia, em Ferradas, distrito de Itabuna, Bahia em no dia 10 de agosto de 1912. Ele teve três irmãos: Jofre, 1915, Joelson, 1920, e James, 1922.
No livro “Gabriela, Cravo e Canela” o autor, conta a fascinante história do amor entre o sírio Nacib e a bela Gabriela e seu texto vem mostrando e valorizando a maior região cacaueira do Brasil, num texto regionalista
Cacaueiro


Fruto do Cacaueiro









Em 1925 os fazendeiros da região do Sul da Bahia estavam preocupados com a estação das chuvas, pois nunca havia chovido tanto. Meses antes, todos estavam preocupados com a seca, por isso começaram a aclamar por chuvas para os padroeiros São Sebastião e São Jorge. Até procissões foram feitas. Durante uma delas aconteceu o milagre e as chuvas começaram. Choveu tanto que ficou tudo inundado.
Os mais beneficiados com as chuvas foram os fazendeiros de cacau e café. Dentre eles estava o Coronel Manuel das Onças, que ia vender o seu produto ao Mundinho Falcão, um jovem carioca que veio para Ilhéus e lá enriqueceu como exportador dos produtos da região.
Fachada do Bar Vesúvio

 O Coronel fez três viagens e numa delas encontrou o cozinheiro Nacib Saad, dono do bar Vesúvio (este bar ainda existe e está localizado no centro da cidade de Ilhéus e é um ponto turístico do lugar), que estava desesperado, pois havia perdido sua melhor cozinheira, Dona Filomena, nas vésperas do jantar que havia preparado para mais de trinta pessoas em comemoração da recém-inaugurada empresa de ônibus que fazia Ilhéus-Itabuna duas vezes por dia. Agora Ilhéus tinha um serviço de transporte coletivo, graças ao empreendimento de dois homens corajosos - o russo Jacob e o Moacir da garagem.
Os principais personagens de Gabriela Cravo Canela
 A família Bastos comandava o destino político de Ilhéus há mais de vinte anos, prestigiados pelos sucessivos governos estaduais. O coronel Ramiro Bastos não gostava da liderança exercida por Mundinho Falcão. Ele estava à frente de quase todos os projetos que se fazia em Ilhéus: a instalação de filiais de bancos, empresa de ônibus, a avenida na praia, a publicação do jornal diário, os técnicos vindos para as podas de cacau, arquitetos para projetar os palacetes dos coronéis. Para Mundinho, as necessidades dos coronéis não mais correspondiam com as necessidades da cidade em rápido progresso. Era uma guerra de ideologia.
Houve o assassinato de um casal que despertou inúmeras discussões acaloradas entre os moradores de Ilhéus. O coronel Jesuíno, um rico e respeitado fazendeiro da região flagrou sua esposa, Sinhazinha, na cama com o dentista, Dr. Osmundo e matou a ambos em nome da honra. Todos discutiam as diversas versões da sociedade, opunham-se detalhes, mas com uma coisa todos concordavam: o gesto macho do coronel era constantemente louvado e somente o sangue limparia a honra.
Alheio a política local e preocupado em atender bem a todos seus clientes, o comerciante Nacib precisava encontrar uma cozinheira para substituir a Dona Filomena, pois precisa entregar um jantar e o destino o fez encontrar a mulher que mudaria sua vida e passou a ser parte da historia da cidade até hoje: Gabriela, uma mulher muita bonita, simples, ingênua, que sorria muito, brincava com as crianças e era muito fogosa. Nacib convidou Gabriela para ser a nova cozinheira do Vesúvio e ela aceitou prontamente
Nacib não ia mais ao Bataclan, cuja gerente era Maria Machadão, um personagem apaixonante; não precisava; todos notaram. Mesmo sabendo o tipo de relacionamento que o árabe mantinha com a formosa empregada, oficialmente, para os fregueses, ela não passava de sua cozinheira e, por isso, tratavam-na como tal, enchendo-a de propostas atrevidas, bilhetinhos, atenções e piscadelas. Surpreendentemente, notava Nacib que, o único a tratar Gabriela com certa distância, como uma senhora respeitável, era o filho do coronel Ramiro, Tonico Bastos, o garanhão de Ilhéus. Com medo de perdê-la, Nacib propõe casamento a Gabriela e ela aceita e foi a festa mais animada da cidade a união dos dois.
Segundo o autor, Gabriela que exalava o “perfume de cravo e com de canela” Foi o casamento mais animado de Ilhéus, Gabriela de azul celeste, de olhos baixos, sapatos a apertados e um riso tímido nos lábios.
Depois de casada, Gabriela não se adapta de jeito nenhum a vida de senhora Saad, para desespero de Nacib, que acaba anulando o casamento ao pegá-la na cama com Tonico Bastos, o seu padrinho de casamento, que humilhado por Nacib que decide sair da cidade.
Para Nacib, aparentemente, tudo voltara ao normal. Os fregueses lá estavam, jogando, rindo, bebendo aperitivos antes do almoço e do jantar. Ele sentia falta de Gabriela, principalmente do seu tempero e quitutes. O movimento do Bar Vesúvio, já não era como no tempo de Gabriela. A cozinheira atual, não ia além da comida convencional. Com o passar do tempo, a política de Ilhéus passou a ser controlada por Mundinho Falcão e Gabriela voltou para os braços de Nacib. O Coronel Ramiro Bastos perde o apoio de Itabuna e manda matar, sem sucesso, seu ex aliado. Ele consegue fugir, mas morre dias depois. Com isso a guerra política acaba com Mundinho Falcão e seus candidatos vencedores. E como prova da mudança da mentalidade, o Coronel Jesuino, que cometera o duplo assassinato em nome da honra foi preso e condenado.

Um livro fantástico, que recomendo a todos.





terça-feira, 16 de agosto de 2011

“Jesus, O Maior Psicólogo que já Existiu”,

“Jesus, O Maior Psicólogo que já Existiu”, de Mark W. Baker é um escritor mundialmente conhecido pelos seus livros relacionados à religião e diretor-executivo da Clinica La Vile Counseling Center. Hoje, por exemplo, escreverei sobre o seu grande sucesso “Jesus, O Maior Psicólogo que já Existiu”, onde ele relata como os ensinamentos de Cristo pode nos ajudar a resolver os problemas do cotidiano e aumentar nossa saúde emocional.
Neste livro, entendemos como aplicar, superar e crescer através dos ensinamentos de Jesus em nossas vidas, através de princípios espirituais, tirados de passagens da Bíblia. O autor faz ligação das mensagens de Jesus com a ciência da psicologia.
Sabemos que a psicologia ajuda as pessoas a superarem traumas, se conhecerem melhor, saberem conviver com os outros, resolverem problemas, lidarem com os sentimentos, entre outras coisas.


Jesus, com seus ensinamentos e lições, com certeza é o maior psicólogo que já existiu, como diz o autor do livro. Jesus, com seu amor, anuncia a Palavra de Deus, mostrando a todo o mundo que ele é o Caminho, a Verdade e a Vida, e nos ajuda a cuidar do nosso coração e curar nossas feridas, através do Perdão e do Amor.
E sobre um olhar atento, o autor demonstra o por que todos nós confiamos no amor de Cristo e vemos Nele o Abrigo, a Compaixão. Para que estas mensagens fixassem cada vez mais em nossas mentes ele passa no livro algumas passagens da Bíblia, como a frase de Marcos 4:33 “Com muitas parábolas como esta, Jesus anunciava-lhes a palavra segundo podiam entender.”. A principio muitos dizem ser uma frase qualquer, mas a medida que lemos o Principio Espiritual, como citado no livro vemos que é uma frase que retrata como nos transformamos, conforme crescemos, mas Jesus continua sempre fazendo com que nós O entendamos.
FREUD
Alguns psicólogos encaram religião como um culto que limita o potencial humano. Freud considerava a religião uma muleta que as pessoas usam para lidar com seus sentimentos de desamparo. Esta postura deu início a uma guerra entre a psicologia e a religião que perdura até hoje.
Mark desvenda que a animosidade existente em ambos os lados tem origem no sentimento do Medo, que dificulta o entendimento.
O preconceito é tão grande entre os psicanalistas que eles acreditam não existir um terapeuta que seja ao mesmo tempo inteligente e cristão.
A primeira parte do livro mostra como é possível entender as pessoas; a segunda incentiva o leitor a conhecer a si mesmo.
Um livro extraordinário, em que Mark W. Baker esbanja todo seu conhecimento religioso de forma brilhante, mantendo o foco do leitor em todas as páginas sobre as Palavras de Deus, que foi passada pelo seu filho Jesus.
Recomendo a Todos.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dom Casmurro

Em 1900, Machado de Assis, publicou o romance “Dom Casmurro” . Este livro completou a trilogia "Quincas Borba" e "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Este grande escritor brasileiro, cujo nome completo foi Joaquim Maria Machado de Assis nasceu na cidade do Rio de Janeiro e é considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário.



MACHADO DE ASSIS
O livro conta a historia de Bentinho, um rapaz orfão de pai, criado com desvelo pela mãe, D. Glória. Ele teve sua vida protegida do mundo pelo seu círculo doméstico e familiar, como tia Justina, tio Cosme, José Dias. Ele prepararam Bentinho para a vida sacerdotal, em cumprimento a uma promessa de sua mãe, que queria ver o filho padre.

A vida do seminário, no entanto, não o atrai jovem Bentinho, já o namoro com Capitu, filha dos vizinhos o emociona. Apesar de comprometida pela promessa, sua mãe, D. Glória sofre com a ideia de separar-se do filho único, internado no seminário. Por expediente de José Dias, o agregado da família, Bentinho abandona o seminário e, em seu lugar, ordena-se um escravo.

Correm os anos e com eles o amor de Bentinho e Capitu. Entre o namoro e o casamento, Bentinho se forma em Direito e estreita a sua amizade com um ex-colega de seminário, Escobar, que acaba se casando com Sancha, amiga de Capitu.

Do casamento de Bentinho e Capitu nasce Ezequiel. Escobar morre e, durante seu enterro, Bentinho julga estranha a forma como Capitu contempla o cadáver de Escobar. A partir daí Bentinho passa a ter ciúmes doentio de Capitu e estabelece entre eles uma crise. O filho do casal, Ezequiel se torna cada vez mais parecido com Escobar. Bentinho muito ciumento, planeja o assassinato da esposa e do filho, seguido pelo seu suicídio, mas não tem coragem. A tragédia dilui-se na separação do casal.

Capitu viaja com o filho para a Europa, onde morre anos depois. Ezequiel, já moço, volta ao Brasil para visitar o pai, que apenas constata a semelhança entreo filho e o antigo colega de seminário. Ezequiel volta a viajar para a Europa e morre no estrangeiro. Bentinho, cada vez mais fechado em usas dúvidas, passa a ser chamado de Casmurro pelos amigos e vizinhos e põe-se a escrever de sua vida.

Um livro fantástico, onde Machado de Assis mais uma vez mostra toda sua capacidade de prender o leitor, e mostrando toda sua grandeza em seu vocabulário, fazendo com que cada pessoa que leia esta obra, se sinta obrigado a aprimorar sua linguagem, tornando-se assim cada vez mais culto. Espetacular.

Recomendo a todos

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Muro de Berlim - 1989 - O Ano que Mudou o Mundo

O Muro de Berlim foi o maior símbolo da Guerra Fria. Esta obra de engenharia foi construída pela Alemanha Oriental e fechava completamente todo acesso ao lado oriental da cidade de Berlim, criando. com isso, na mesma cidade, um mundo capitalista e outro socialista, ou seja, a divisão dos capitalistas chefiados pelos EUA e o socialistas chefiados pelo URSS, as duas grandes potencias da época.

Em 1989, foi o ano em que tudo acabou, quando a queda do Muro de Berlim se concretizou com o fim da Guerra Fria, prevalecendo a vitoria para o sistema capitalista. No momento da queda do Muro,  o jornalista Michael Meyer estava lá, e de acordo com o que viu e com seus estudos publicou o livro “1989 – O Ano que Mudou o Mundo”, relatando a verdadeira historia da queda do Muro de Berlim.
Em um acordo de integração de áreas na Republica Federal da Alemanha, mais conhecida com Alemanha Oriental, entre os paises capitalistas, EUA, França e Grã-Bretanha no ano de 1949 e um acordo do setor soviético, Berlim Oriental, passou a ser integrado a República Democrática da Alemanha, Alemanha Ocidental, seguindo o sistema socialista, pró-soviético.
Até o ano de 1961, a população de Berlim podia passar livremente de um lado para o outro da cidade. Mas em agosto de 1961, com o inicio da Guerra Fria e com a grande migração de cidadãos do lado oriental para o ocidental, o governo da Alemanha Oriental resolveu construir um muro dividindo os dois setores. Sendo assim decretou também leis proibindo a passagem das pessoas para o setor ocidental da cidade.


O Muro começou a ser construído em 13 de agosto de 1961, sem ao menos respeitar as casas, os prédios e até mesmo as ruas, o objetivo era criar a divisão o mais rápido possível e assim não manter nenhuma relação com lado ‘inimigo’. Para os que tentavam de alguma forma ultrapassar o muro, eram presos ou muitas vezes mortos pelos policias da Alemanha Oriental. Muitas famílias foram separadas da noite para o dia. O muro chegou a ser reforçado por quatro vezes. Possuía cercas elétricas e valas para dificultar a passagem. Havia cerca de 300 torres de vigilância com soldados preparados para atirar.
Foram anos e anos vivendo longe dos familiares, caso eles estivessem do outro lado, foram anos que não só Berlim ou só a Alemanha, mas o mundo todo viveu nas dependências de uma decisão política, em uma guerra que dizem ser ideológica, fato que na verdade é falso, pois se vermos entre EUA e URSS realmente não ouve confronto de armas, mas se vermos os ‘bastidores’, a Guerra Fria foi sim muito violenta, principalmente no Oriente Médio, que foi onde ocorreu conflitos sangrentos, deixando marcas na história de cada pais.
Em 9 de novembro de 1989, com a crise do Sistema Socialista no Leste da Europa   e o fim deste sistema na Alemanha Oriental, ocorreu a queda do muro. Cidadãos da Alemanha foram para as ruas comemorar o momento histórico e ajudaram a derrubar o muro. O ato simbólico representou também o fim da Guerra Fria e o primeiro passo na reintegração da Alemanha , fazendo com que tudo voltasse a ser como antes. Ao fim da Guerra quem saiu vitorioso foi os EUA, tornando o mundo capitalista, com algumas exceções, Cuba, Coréia do Norte e parte da China que ainda adere o modo socialista de governar.

Vocês poderão verificar muitas informações a respeito acessando os seguintes sites: www.suapesquisa.com/paises/alemanha.htm    www.suapesquisa.com/geografia/europa.htm 

Um livro fantástico, onde o autor consegue de modo bem dinâmico relatar toda a verdade que há por trás do acontecimento histórico, o Muro de Berlim.

Recomendo a todos. 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Eram os Deuses Astronautas?


Se pararmos para pensar como foram construídas as famosas Pirâmides do Egito e vários outros monumentos conhecidos mundialmente, certamente ficaremos intrigados e até confusos, pois a tecnologia utilizada, a precisão das construções comparada ao período de tempo que elas existem, é algo impressionante. Na região que as Pirâmides foram construídas não existem pedreiras, somente deserto, e as pedras utilizadas para a montagem de tão grandioso monumento, apresentam cortes precisos e cada uma delas pesa muitas toneladas. Imaginem o que foi preciso fazer para que uma obra desta fosse construída à cerca de 7.000 anos. Será que o homem que habitava aquela região já dispunha de uma tecnologia tão avançada? Ou será que tiveram uma “ajudinha” de povos de outros planetas?
Erich  Von Danikena
Erich Von Däniken coloca esta duvida em nós, o pesquisador suíço nascido na cidade de Zofingen, Erich Von Däniken, escreveu o livro “Eram os Deuses Astronautas? – Enigmas indecifrados do passado” que aborda vários acontecimentos do passado que até hoje não foram devidamente explicados pela ciência.  O livro não é uma historia de aventura, mas o autor consegue mostrar num documentário, de uma maneira intrigante, perguntas que literalmente coloca “uma pulguinha na orelha”. É impossível não concordar com o que ele afirma. Por não dar importância a fatos históricos, às vezes à verdade nos salta aos olhos e não damos a ela a devida importância.
O Castelo - Chichen Itzá - Mexico
Erich Von Däniken tentar explicar sua teoria com algumas coincidências ou algo muito bem calculado, como por exemplo: “O Castelo”, em Chichen Itzá, México, construção que harmoniza com o calendário maia. São 91 degraus em cada um dos quatro lados, totalizando, portanto, 364 degraus. Com a plataforma superior, abrangendo os quatro lados, chegamos a 365 degraus, o que equivale aos números de dias que contem em um ano. Será apenas uma mera coincidência ou algo pensado?
Pirâmide de Quéops
Outro fato intrigante são as Pirâmides de Quéops, que multiplicada sua altura por um bilhão, corresponde aproximadamente a distancia entre o Sol e a Terra e também se dividirmos a circunferência desta pirâmide pelo dobro de sua altura temos o famoso numero de Ludof, mais conhecido como PI=3, 1416... Então mais uma vez pergunto: Será apenas uma mera coincidência ou algo pensado?
Maois da Ilha de Pascoa


Ilha de Pascoa
Mas o fato que mais me deixou impressionado são os gigantescos Moais da Ilha de Páscoa, construídos por volta de 1300 d.C. Atingem até 12 metros de altura e 20 toneladas e sua criação e função ainda é um mistério. As mais de 887 estátuas contêm em si uma série de perguntas: Como um lugar tão pequeno e isolado poderia originar uma cultura capaz de obras tão espetaculares? Quem construiu os moais? Como foram transportados até o lugar onde estão situados? A Ilha é o lugar habitado mais isolado do mundo. E a autoria das estátuas mais provável se deve, ou aos incas ou aos alienígenas.  A pedra de que é feita o Moais é de alto grau de dureza, duro até para os equipamentos atuais. Na época que foram construídos não havia nenhum equipamento elétrico, somente ferramentas feitas à base de pedra ou ferro, mas também não pode se provar nada. Será que tiveram ajuda de outros povos?
Erich Von Däniken tenta decifrar estes enigmas com a teoria de que houve cruzamentos entre os extraterrestres e espécies primatas da Terra, gerando a espécie humana capaz de originar estas façanhas, mas é bom deixar claro que isto é apenas uma teoria, nenhum estudo comprova que um dia esteve extraterrestre na Terra, nem mesmo se existe extraterrestre. Não podemos deixar de pensar nesta possibilidade, pois os cálculos precisos do “Castelo” de Chichen, das Pirâmides do Egito, dos Moais da Ilha Páscoa, são fatos espetaculares.
Outras coincidências são abortadas no desenvolver do livro. Embora esta obra tenha sido lançada com enorme sucesso em 1970, um ano depois da chegada do homem na Lua, ela ainda se revela atual e digna de ser lida.
Um livro fantástico.
Recomendo a todos.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

No Bunker de Hitler

A Segunda Guerra Mundial encerrou em 1945, mas até os dias de hoje é talvez um dos assuntos que mais desperta interesse. Já publiquei varias resenhas sobre livros que focam este assunto e o campeão de visitação do blog é a Biografia de Hitler, que foi editada no dia 07 de fevereiro deste ano. Foram mais de 10.000 acessos. O numero é surpreendente, visto que meu blog não tem nenhuma divulgação. Apenas publico o que acho bacana e parece que tem muita gente lendo, o que aumenta a cada dia a minha responsabilidade.
Não é fácil fazer uma resenha de um livro, onde centenas de personagens e historias se entrelaçam para montar a idéia principal que o autor quer contar. Meu projeto visa principalmente, fazer uma resenha rápida da historia e convidar meus amigos, creio que os meus principais leitores, a lerem o livro também.
O livro que vou publicar é bem interessante de ser lido, pois ele conta em detalhes um dos grandes segredos da Segunda Guerra, que foi o Bunker que Hitler mandou construir nos Alpes, em  Berchtesgadem, cidade alemã localizada próxima a fronteira com a Áustria.
Berchtesgaden
Segundo relatos de turistas que já conheceram a região, o local é um dos cartões de visita mais bonito do mundo.
O autor deste livro, Joachim Clemens Fest, foi um historiador e escritor alemão e tornou-se conhecido ao lançar a biografia de Adolf Hitler em 1973. No livro ele conta como foi construída, a arquitetura do local, o detalhamento completo de uma grande obra e também apoiado nas anotações da ultima secretária do Fuhrer, ele relata os últimos dias do grande líder dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial.
Planta atribuida ao local
Dada a dimensão do projeto nazista de perpetuarem no poder por 1000 anos, conforme propaganda da época, Hitler resolve mandar construir um abrigo contra ataques aéreos. Ficou conhecido na história como o” Bunker de Hitler” . Essa construção, não chegou a ser completamente finalizada,

Tunel de acesso ao bunker
As dimensões do projeto impressionam, pois o Bunker tinha cerca de 2800 metros de corredores, 4120 m2 de área construída, divididas em salas de reuniões, salas de jogos, refeitórios, dormitórios, cozinhas, depósitos, adegas.  Hitler dirigiu o Império Alemão a partir deste local nos últimos meses que antecederam o final dos combates.

Chegado dos soldados ao bunker
O Bunker de Hitler, embora fosse uma construção subterrânea, era bem ventilado e foi morada, além do Fuhrer, de vários dirigentes do Partido Nazista com seus familiares, transformando o local em centro de decisão político-militar.  Lá, naquele local, também foi montado um hospital militar e uma ala para realizar a proteção de desabrigados e mulheres gestantes.

Em 30 de abril de 1945, já sabendo que não conseguiria deter o avanço dos Aliados, e com os Russos já dominando a região onde ele estava instalado, Hitler convoca uma reunião com seus comandados mais próximos e durante o almoço com os mesmos, ele agradece a luta e o empenho de cada um no projeto nazista de dominar o mundo e se despede de todos, recolhendo-se em seguida aos seus aposentos com sua esposa Eva Braun.  Minutos depois se ouve o barulho de tiro e os militares nazistas quando invadem o dormitório do seu líder o encontram com a cabeça estraçalhada caído ao lado da esposa, que também cometera suicídio ingerindo uma poção de cianureto.
Hitler e Eva Braun
 A Historia conta que os corpos foram retirados do local e incinerados e esta é a verdade que prevaleceu até os dias de hoje. Já sabendo da represália de serem capturados pelo Exercito Russo, outros lideres do Governo Nazista também cometeram suicídios, outros ainda conseguiram fugir e alguns até recentemente foram capturados. Talvez hoje, a grande maioria destes governantes que escreveram a mais triste historia da humanidade, já estejam mortos, o, mas o feito jamais será esquecido. O Bunker de Hitler foi invadido finalmente pelos russos em 02 de maio de 1945.
Com o fim da guerra, o local ficou fechado e somente a partir de 1966, quando os americanos devolveram o local para os alemães puderam conhecer o que restou do local. Hoje lá funciona um museu, organizado a partir de 1999, onde mostra parte onde outrora funcionou o “Bunker do Hitler”

Um livro interessante, imperdível, principalmente para quem, como eu, gosta do tema Segunda Guerra Mundial.

Recomendo

quinta-feira, 14 de julho de 2011

“Macunaíma”

Hoje publico a 101ª resenha. Meu blog ainda não completou um ano e quando volto a ver o que fiz neste período, até fico surpreendido. Não tem este comentário nenhum direcionamento de vaidade ou coisa similar. É apenas uma constatação. Quando meu AVÔ quis que eu escrevesse sobre o que eu lia, não gostei muito da idéia, afinal, não tinha a menor noção de como escrever, mas pacientemente, fui desenvolvendo uma técnica, nada especial, coisa simples, e fui avançando. Já publiquei 100 edições. Ao mesmo tempo em que continuo lendo inúmeros livros, vou selecionando aqueles que julgo mais adequado para o publico jovem, que é a maioria dos meus leitores. Para comemorar este momento, vou publicar uma das historias mais comentadas dos últimos anos, já transformada em peças de teatro e eternizada no cinema no papel vivido pelo pequeno, mas genial Grande Otelo, que é Macunaíma
“Macunaíma” foi escrito pelo paulista Mário Raul de Moraes Andrade, mais conhecido como Mário de Andrade. Ele nasceu no dia 9 de outubro de 1893 e iniciou seu trabalho na literatura bem cedo, em críticas escritas para jornais e revistas. Já em 1917 publicou o primeiro livro "Há Uma Gota de Sangue em Cada Poema". Foi o início de uma carreira repleta de obras, dentre elas “Macunaíma”.
Grande Otelo em Macumaima
 Macunaima nasceu à margem do Rio Uraricoera. Filho de uma índia da tribo dos tapanhumas era um menino negro e feio, que somente aos seis anos começa a falar e uma das poucas coisas que repete continuamente é: 'Ai, que preguiça'. Contudo, é muito ativo em seus brinquedos e com as mulheres. Tem dois irmãos mais velhos, chamados Maanape e Jiguê, e uma cunhada, Sofará, mulher do segundo irmão. Quando esta o leva a passear, Macunaíma transforma-se em um belo príncipe e brinca com ela, o que irrita Jiguê, que a devolve aos pais e faz de Iriqui sua nova mulher, a qual, por sua vez, também brinca com Macunaíma. Desta vez, porém, Jiguê se conforma.
Por artes da cutia, que lhe dá um banho de água envenenada de mandioca, Macunaíma se transforma em homem, mas sua cabeça, a única parte do corpo que não fora molhada, fica pequena. Um dia sai à caça e encontra uma veada com cria e a mata. Fora uma peça que Anhangá lhe pregar a, pois ao aproximar-se do animal morto vê que é a própria mãe. Aflito, chama Maanape, Jiguê e Iriqui e todos choram muito.
frutos da arvore guaraná

Após a morte da mãe, partem sem rumo em busca do destino, Macunaíma encontra CI, a Mãe do Mato, rainha das icamiabas [uma tribo de 'mulheres sozinhas', ou amazonas] e a possui, transformando-se, em virtude disto, em Imperador do Mato-Virgem. A viagem continua e Ci, que os acompanha, ao final de seis meses tem um menino de cor encarnada e cabeça chata. Uma cobra morde o peito de Ci e o filho que ela amamentava suga o seu leite e morre. Depois do enterro do menino, Ci entrega a Macunaíma uma muiraquitã (amuleto confeccionado em jadeíte, nefrite, ordósia, diorite, estratite ou pedra-cristal), e sobe aos céus, utilizando-se de um cipó. Ao visitar o túmulo do filho no dia seguinte, Macunaíma vê que sobre ele nascera uma planta: era o guaraná.
Continuando a caminhada, Macunaíma e os irmãos enfrentam a boiúna Capei . Na fuga, o herói perde o amuleto que ganhara de CI. Embora procurem muito não o encontram. O Negrinho do Pastoreio (outro personagem do lendário brasileiro) envia a Macunaíma um uirapuru e este revela que a sua pedra-amuleto está nas mãos de Wenceslau Pietro Pietra, um regatão peruano que mora em São Paulo. Macunaina parte à sua procura. Junto com os irmãos.. No dia seguinte Macunaíma vai à ilha de Marapatá para ali deixar sua consciência e reunir o maior número possível de bagos de cacau, que têm valor de dinheiro. Ali encontra uma poça de água, que, por ser a marca do pé de São Tomé - o apóstolo que andara pela América -, é encantada. Macunaíma entra nela e fica branco. Jiguê também se banha, mas fica de cor vermelha, porque a água estava suja. E Maanape, como a poça ficara quase seca depois do banho de seus irmãos, consegue branquear apenas as palmas das mãos e dos pés, daí se explica, pelo texto do autor, o surgimento das raças brancas, o ruivo e o negro.

Chegam a São Paulo, procuram Wenceslau Pietro Pietra, que na verdade é Piaimã, o gigante comedor de gente. Piaimã mata Macunaima e faz torresmo para comer com polenta. Porém Maanape, seu irmão, com a ajuda de uma formiga e de um carrapato, consegue fazê-lo reviver, salvando-o do gigante. Aqui já se nota toda a versatilidade e inteligência do autor que mostra o personagem inventando o futebol e conversando ao telefone. Macunaíma telefona a Piaimã, e marca um encontro com ele e, travestido de mulher, vai à casa do gigante, que começa a namorá-lo e lhe mostra a muiraquitã, comprada, segundo diz, da imperatriz das icamiabas. Macunaíma, assustado com as pretensões do gigante, resolve fugir. Mas Piaimã o agarra e o coloca num cesto. O herói consegue fugir de novo e é perseguido por um cachorro do regatão e pelo próprio, até chegar à Ilha do Bananal, onde se esconde em um formigueiro. Em determinado momento, quando o gigante já está fora de si e ameaça colocar uma cobra no formigueiro, Macunaíma põe fora o seu pênis e Piaimã, sem dar-se conta, o agarra e o joga longe. O herói, é claro, vai junto até chegar a São Paulo novamente.
Aborrecido por não ter recuperado amuleto, Macunaíma vai ao Rio de Janeiro pedir proteção a Exu, em um terreiro de macumba, no Mangue, onde Tia Ciata é mãe-de-santo, onde ele é consagrado filho de Exu. Macunaíma pede vingança contra o gigante Piaimã. Exu promete ajudar o herói e faz o gigante sofrer no corpo de uma polaca que estava incorporada.

Em seguida, por vingança da árvore Volomã, que lhe negara os frutos, Macunaima diz algumas palavras que irrita a arvore e então ele é lançado em uma pequena ilha deserta da Baía da Guanabara. Lá chega então Vei, a Sol, com suas três filhas e vão numa jangada para o Rio de Janeiro. Ela deseja casar uma de suas filhas com Macunaima e pede a ele eu se comporte, mas ele não agüenta. Arruma uma namorada portuguesa, o que irrita Vei, que queria que ele se casasse com uma de suas filhas, em troca, ficaria jovem para sempre, caso contrario envelheceria igual a todos.

Macunaíma fica durante o dia na jangada com a portuguesa e a noite dorme em um banco, no Flamengo. Uma noite vê uma assombração que come a portuguesa. Macunaima escreve então uma para as icamiabas, contando sob re os costumes dos habitantes da cidade e pedindo-lhes dinheiro, bagos de cacau, pois gastara todo o que trouxera consigo, principalmente com as prostitutas paulistas, que cobram caríssimo pelo seu amor.
Piaimã, que ficara doente com a surra que levou de Exu cuida muito bem do amuleto, mantendo-o protegido todo instante. Macunaíma não consegue recuperar ainda o seu tesouro. Tempos depois ele se envolve em um tumulto de rua, é preso e consegue fugir. Depois de um bom tempo, após se recuperar de uma doença e ainda atrás do seu amuleto, ele encontra um macaco, que está comendo coquinhos, mas diz que aquilo são seus testículos. Macunaíma acredita e, devido à grande fome, pega uma pedra e esmaga os seus, morrendo e ressuscitando em seguida.
Macunaíma não abandona seu gosto pelas mulheres e rouba Suzi, a nova mulher de Jiguê, seu irmão, arrumara. Certo dia Maanape, seu outro irmão, fica sabendo que Wenceslau Pietro Pietra, o gigante que come gente, voltara da Europa. Macunaíma tenta recuperar seu amuleto, mas o gigante é forte e agarra o chofer do carro em que Macunaíma chegara. O chofer cai em uma água de macarrão fervendo. Macunaíma luta com o gigante e consegue enganá-lo, fazendo com que caísse no tacho com água quente, matando o gigante e recuperando o muiraquitã.
Voltando pra casa, quase no final da viagem, cheia de muitas aventuras seus irmãos, Maanape e Jiguê morrem. Macunaíma consegue chegar à antiga tapera, No entanto, atacado de acontecimentos ruins, vive triste e só, tendo como companheiro apenas um papagaio, um aruaí falador, ao qual o herói, ao passar dos dias, vai contando suas aventuras. Certo dia em janeiro, sofrendo intensamente com o calor, Macunaíma não resiste e se atira em uma lagoa, onde é atacado por um cardume de piranhas. Estas lhe comem os lábios, onde sempre trazia pendente a muiraquitã.
A pedra desaparece novamente e Macunaima já desgostoso e desanimando com a vida, planta um cipó, sobe ao céu e se transforma na Constelação da Ursa Maior. A terra do Uraricoera durante um longo tempo ficara deserta. Mas em certa ocasião, um homem chega até lá e ouve uma voz.

É o aruaí falador, velho companheiro de Macunaíma. O papagaio conta ao homem toda a saga do herói e em seguida voa para Lisboa. Este homem era nada mais nada menos que Mário de Andrade.
Mario de Andrade
Sem duvida um livro encantador, repleto de aventuras, intrigas, emoções, duvidas, comedia. Livro para não deixar de ser lido.

Recomendo a todos.

Fonte de pesquisa: Google/Bing

sábado, 9 de julho de 2011

Fogo Morto

José Lins do Rego











“Fogo Morto” é um melhores livros de José Lins do Rego, nascido na Paraíba, na cidade de Pilar no dia 3 de junho de 1901, foi ao lado de Graciliano Ramos e Jorge Amado os maiores romancistas regionalistas brasileiros da literatura mundial.

O livro tem seu enredo dividido em três partes, a primeira retrata a vida de José Amaro; a segunda do Engenho Santa Fé e a terceira do Capitão Vitorino.

A história do mestre José Amaro, um artesão que lida com couro, mora nas terras do engenho Santa Fé, pertencente ao coronel Lula de Holanda Chacon. José Amaro é um homem amargurado e sofrido que se colocas contra a prepotência dos senhores de engenho através de uma altivez que beira a arrogância. O desprezo que sente pelos “coronéis” leva-o a firmar-se como informante do bando de cangaceiros chefiado por Antonio Silvino. Assim, ele manifesta sua rejeição aos poderosos e à ordem constituída

José Amaro administra sua humilde casa no regime patriarcal da época, onde somente a palavra do homem tinha valor. Ele, com freqüência, maltrata sua esposa Sinhá, e, sobretudo sua filha, Marta. Ela já tinha 30 anos e continuava solteira. Esta solidão deixa a filha de José Amaro em estado de depressão, com crises nervosas.  O livro conta uma passagem em que, José Amaro espanca violentamente sua filha em meio a uma dessas crises. A partir deste dia, Marta vive alienada do mundo, falando coisas sem pé e sem cabeça. Cada vez mais infeliz, o mestre seleiro caminha à noite pelas estradas próximas, ruminando as suas frustrações. O povo da região passa ver nele a encarnação de um lobisomem e o evita cada vez mais. O destino de José Amaro se decide apenas na terceira parte do livro.

Na segunda parte do livro, o autor narra à história do Engenho Santa Fé, do ao coronel Lula de Holanda Chacon, um representante da aristocracia decadente da época, que conseguira a posse da propriedade através do casamento com Amélia, filha do poderoso capitão Tomás Cabral de Melo. “Seu” Lula, como é conhecido, é prepotente e mesquinho e trata tão mal seus escravos que após a Abolição da Escravatura, eles abandonam O Engenho Santa Fé.

Lula, desinteressado das questões práticas, administra pessimamente o engenho, e em dado momento, o engenho já não consegue produzir açúcar levando-o a rapidamente a falência. A sobrevivência da família fica restrita à criação de galinhas e à produção de ovos, das quais se encarrega Amélia, sua esposa.

No entanto, mesmo falido, Lula de Holanda Chacon mantém a postura de grande senhor, traduzida no cabriolé (pequena carruagem de luxo) com que percorre as estradas, sem cumprimentar ninguém. Autoritário, impede que sua filha Neném namore um rapaz de origem humilde. Esta, condenada a permanecer solteira, fecha-se sobre si própria e torna-se alvo de riso e deboche da vizinhança. Enquanto isso, alienado dos problemas econômicos que causam a derrocada de seu mundo, Lula entrega-se às práticas místicas, sob influência de Floripes, um negro que era seu afilhado. Coube a mulher de Lula de Holanda, D. Amélia, a compreensão lúcida e triste do fim de tudo. O Engenho Santa Fé acabara-se

Neste livro, José Lins do Rego, conta também a historia do personagem Capitão Vitorino, um pequeno proprietário de terras que vive de maneira modesta. Oriundo de famílias tradicionais da região açucareira, as quais já pertenceu socialmente, que embora nas duas primeira partes do livro seja uma figura inexpressiva a ponto ser apelidado de Papa-Rabo pelos moleques da região.  

Na terceira parte do romance Fogo Morto, o Capitão Vitorino passa para a condição de um homem idealista que o leva investir contra tudo aquilo que lhe parece injustiça, sem medir a força do inimigo, nem pesar as conseqüências de suas ações.  Contesta o poder absoluto dos senhores de engenho, da polícia militar e até dos cangaceiros, e defende ideais éticos que parecem inviáveis na vida cotidiana da região.

Vitorino acredita que somente pelo voto, possa instaurar uma ordem institucional num meio em que a única lei é o arbítrio dos latifundiários. Sua forma de vida simples em contraste com os seus pensamentos não lhe retira a grandeza humana e literária. Ao contrário, fazem parte de sua personalidade multifacetada.

Somente falar dos personagens pode tornar o livro sem graça e na terceira e última parte do romance predomina a ação. O cangaceiro Antônio Silvino invade a cidade do Pilar, saqueia as casas e lojas. Invade o engenho Santa Fé, ameaça os moradores em busca do ouro escondido.


Na luta para defender o Engenho Santa Fé, Vitorino é agredido e só não é morto graças à intervenção de José Paulino, dono do Engenho Santa Rosa. Vitorino também é agredido pela polícia, que na ocasião o prende, bem como a José Amaro e seus companheiros.

Quando libertados, Vitorino e o mestre José Amaro seguem rumos diferentes. Capitão Vitorino pensa em entrar para a política e Mestre José Amaro, que fora abandonado pela mulher e ter internado sua filha num hospício, desiste da vida, suicidando-se. Lula continua no seu devaneio, na falsa ilusão do poder que já não existe mais. O Engenho Santa Fé já estava em “fogo morto”, expressão que era dada aos engenhos que paravam de produzir o açúcar, a partir da moagem da cana.



Um livro fabuloso.

Recomendo a todos.


Fonte de fotos: Google

Papillon - o Homem Que Fugiu do Inferno

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