sábado, 9 de outubro de 2010

Padre Cícero


Caminhava pela rua deserta, passos lentos, era fácil saber que o santo nordestino, Cícero Romão Batista, mais conhecido com padre Cícero estava preocupado, pois tinha consciência que está noite iria rezar uma das missas mais conturbadas de sua vida.

Havia ameaças de revoltas contra o padre durante a missa, pessoa que ao contrário da maioria do povo nordestino pensavam que os milagres e as palavras ditas por Cícero a cada missa rezada não se passava de uma grande mentira. “Como convencer este povo meu pai (Deus), como mostrar a eles está luz que à em ti?” pensava o padre, procurava nas bíblias, por toda parte, queria ter a resposta desse questionamento que tanto o perturba.

Já estava na hora de seu almoço, mas como estava sem apetite resolveu ir a Igreja pedir a Jesus que o ajuda–se neste dia tão difícil, logo após fazer seu pedido sentou–se no banco e começou a se lembrar de como foi o momento em que realmente se entregou de corpo e alma a Jesus, seu único e melhor amigo.

Amigo que o ajudou a sair da pobreza, transformando–o em um padre capaz de arrebatar milhões de fieis, construindo sua terra Juazeiro do Norte em um dos maiores pontos de encontro do mundo.

Em menos de vinte minutos começaria sua missa, e como o prometido os protestantes tomavam o fundo da Igreja juntamente com seus fieis que abrangiam toda a parte a frente do palco, esperando suas palavras sobre o Senhor Jesus.

Estava apreensivo, não sabia como se comportar com aquela situação jamais vivida, então disse: “Deixo em suas mãos senhor”. Dirigiu-se ao palco recebendo vaias e aplausos, pegou o microfone e logo começou a falar do poder que Jesus nos concedeu principalmente o poder de amar há todos, respeitando as diferenças e a fé que existe no coração de cada um de nós, mostrando–nos que o importante é a fé que cada nasce ou adquiri com o decorrer do tempo e não a religião ou o modo de se expressar. Fim de missa. “Foi melhor do que esperava”, pensou padre Cícero, ele acabará de conseguir tornar aqueles protestantes em pessoas realmente ligadas a Jesus, fazendo eles se preocuparem com Deus ao invés de se importar com a fé de outros. Caminhava lentamente, mas agora com ar de dever cumprido.

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