sexta-feira, 4 de março de 2011

O CAÇADOR DE PIPAS


 Khaled Hosseini, autor de um dos livros mais vendidos nos ultimos tempos, “O Caçador de Pipas”, nasceu em Cabul e formou-se médico na California - EUA. Na sua infancia, no Afeganistão, era um leitor voraz, que consumia os mais diversos tipos de leitura, desde poemas até grandes classicos da leitura mundial. Suas lembranças da infancia e a situação politica que passava e ainda passa o Afeganistão, foi o cenário da história de dois amigos: Hassan e Amir, que apesar de pertecerem a etnias, religiões e sociedades diferentes,  sempre mantiveram um forte laço de amizade.
Amir era filho de um homem rico e muito respeitado entre os afegãos, Hassan era o filho do empregado da casa de Amir.
Hassan fazia tudo pelo amigo, inclusive o defendia nas brigas de rua. Amir era covarde e se aproveitava da falta de estudos de Hassan, inventando histórias e significados de palavras. Também sentia ciúmes quando seu pai parecia mais orgulhoso do comportamento de Hassan do que das atitudes de seu próprio filho.
Durante o inverno de 1975, Amir teve a grande chance de conquistar a atenção do seu pai: vencer o famoso campeonato de pipas  e seria considerado vencedor  quem pegasse a ultima pipa cortada, a pipa azul.
Hassan teria uma grande importância na vida Amir, ele com toda sua inteligência e agilidade correu atrás da pipa azul, e conseguiu encontra-la em um beco.
Já de posse da pipa, quando retornava feliz para entrega-la a Amir, foi cercado por um grupo de garotos, liderados por
Assef, um garoto de família rica que odiava os hazaras como Hassan e perseguia Amir também, por este ser amigo de um hazara.

Hassan foi agredido e abusado sexualmente por Assef , porque ele não queria entregar a pipa azul e também porque Hassan, para defender Amir durante uma briga de rua, o ameaçou com o estilingue uma vez. Para defender o amigo, sofreu todas as agressões submisso, mas não entregou a pipa azul.Amir, por seu um covarde,   assistiu a cena escondido, sem esboçar qualquer reação para ajudar Hassan.
Para distanciar seu sentimento de culpa, Amir armou uma situação para mandar Hassan e seu pai, Ali, embora de casa. Simulou que Hassan  havia roubado alguns presentes que ele ganhou de aniversário, pois sabia que seu pai considerava o roubo o único pecado imperdoavel de um homem. Quando Baba perguntou a Hassan se havia roubado os presentes, ele  mais uma vez se mostrando um garoto de bom coração, confirmou, sempre  com a intenção de proteger Amir da fúria de seu pai, caso ele descobrisse a que aquela situação tinha sido criada propositalmente por Amir.
Mas em um gesto inesperado seu pai perdoa Hassan, mas não adiantou, pois  Ali, pai de Hassan, e empregado fiel do pai de Amir, resolveu ir embora com seu filho, para protegê-lo de Amir.
Nessa época, o Afeganistão já começava a enfrentar a invasão soviética e algum tempo depois Amir e seu pai precisaram fugir do País. As experiências terríveis pelas quais passaram aproximaram, pai e filho. Eles foram morar nos EUA.
Na América, Amir encontrou o amor do pai e de uma bela mulher, Soraya. Soraya e Amir não tiveram filhos e seu pai morreu de câncer. Porém, Amir vive um bom casamento e torna-se escritor.
O passado de culpa e covardia vem à tona quando Rahin Khan, grande amigo de seu pai e desde quando Amir era criança já o  incentivava a ser escritor, pede para que ele o visite no Paquistão. Este encontro mudaria sua vida, pois descobre que Hassan na verdade era seu irmão, filho do mesmo pai.
Rahin ainda revela que os Talibãs mataram Hassan e sua esposa, quando ele tentava defender a casa de Amir, onde havia voltado a morar. Porém, o filho de Hassan, Sorab, estava vivo e foi levado a um orfanato.

Amir vê então a chance de se redimir pelo que fez com Hassan. Volta ao Afeganistão e encontra seu País destruído pelo Talibã. Busca o filho de Hassan e o encontra na casa de um talibã, que o havia comprado  para utilizá-lo como objeto sexual. Para surpresa de Amir, esse talibã é Assef, o garoto que havia estrupado Hassan a muitos anos atrás, no episódio da pipa azul.
Amir enfrenta Assef e leva uma surra que o deixa quase morto. O filho de Hassan, herdando a agilidade de seu pai, pega seu estilingue e arremessa uma pedra no olho de Assef e foge com Amir.
Quando Amir sai do hospital, leva o menino para o Paquistão. Tem dificuldades para adotá-lo devido às regras do consulado americano. Seguindo os conselhos de um advogado, Amir conta para Sorab que será necessário  colocá-lo em um orfanato enquanto corre o processo de adoção.
Decepcionado, o garoto tenta se matar, cortando os pulsos. Amir o encontra desmaiado na banheira, logo depois de saber que um tio de Soraya ajudaria a conseguir um visto para Sorab. Amir o leva ao hospital a tempo. Desesperado pela vida de Sorab, ele descobre sua própria fé em Deus. Quando Sorab se recupera, ambos voam para os EUA. Sorab magoado, não fala mais com Amir e perde o amor pela vida.
Muito tempo se passa até que um dia, em uma festa de rua entre afegãos, garotos começam a brincar com pipas e Amir oferece uma para o sobrinho. Quando Amir consegue cortar a pipa de um rival, Sorab esboça um leve sorriso e Amir corre feliz atrás do troféu para dar a ele, com a esperança de um dia reconquistar a confiança de Sorab.

Um livro emocionante, envolvendo amizade, traição, amor e acima de tudo o companheirismo.
Recomendo a todos.

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