domingo, 29 de maio de 2011

O Menino do Pijama Listrado



Tenho publicado no blog vários resumos falando sobre o holocausto, com certeza, a maior tragédia a humanidade. Milhões de pessoas perderam suas vidas e milhares de sobreviventes perderam mais que suas vidas, perderam suas famílias, suas historias e restaram sofrimentos. A ultima publicação sobre este assunto que fiz foi a “Lista de Schindler”, um livro que conta uma historia real de milhares de pessoas que conseguiram passar vivos pela Segunda Guerra Mundial, levando junto uma historia que poderia ser publicada por qualquer editora do mundo que seria um enorme sucesso. O tema holocausto, embora este episódio tenha acontecido a mais de 60 anos, ainda permanece presente na memória de todos, dos que viveram este período, que infelizmente, já estão na sua grande maioria morrendo, e dos que estão chegando agora, que querem conhecer este triste episódio da humanidade.
Na resenha que vou publicar hoje, vou comentar sobre uma historia que poderia realmente ter acontecido, mas como a historia talvez não tenha este registro, creio que o drama se desenrolou através da criação de John Boyne, autor irlandês, que brilhantemente escreveu o livro “O Menino do Pijama Listrado”. Este autor também publicou mais 6 romances e foi ganhador de dois “Irish Book Awards”, o maior premio editorial da Irlanda e também foi finalista do British Book Awards, um premio idealizado pelo jornal britânico Publishing News.
O livro, que teve sua historia transformada em filme, retrata a história de Bruno, um garoto de 9 anos de idade, nascido em Berlim, filho de um oficial alemão. Ele vivia uma vida tranqüila com seus pais, sua irmã e sempre cercado pelos seus melhores amigos.  Devido ao trabalho de seu pai, um guarda alemão, que fora transferido para Polônia, para trabalhar no campo de concentração Haja-Vista, um lugar feio, pequeno e muito sujo, Bruno teve sua vida totalmente transformada.
O local onde foi morar era isolado e Bruno não tinha amigos e nem com que brincar e sem saber nada do que estava acontecendo, Bruno tenta convencer seu pai a voltar para Berlim e continuar com a vida anterior a mudança, mas em época de guerra as tentativas de Bruno eram impossíveis de serem atendidas.

Bruno que sempre foi um garoto alegre e divertido, agora se transformara em um menino quieto e insatisfeito. Nem a companhia de sua irmã o agradava. Ele passava o tempo todo dentro de casa, não gostava de sair e ver a cidade feia e esquisita, onde morava.
Certa vez Bruno, angustiado por estar solitário, resolve explorar um lado de sua casa, que fora proibido pelo seu pai.  Bruno, quando passa pelo portão que dava acesso ao “terreno proibido”, encontra logo depois um enorme campo de concentração, onde por acaso, ele encontra Shmuel do outro lado de uma enorme cerca, junto com centenas de prisioneiros judeus. Ali começava uma grande amizade e uma grande tragédia.

Shmuel era um garoto de também 09 anos, filho de prisioneiros que aguardavam suas execuções, embora não soubessem e a exemplo de Bruno, também se sentia solitário por permanecer num campo de concentração cercado de adultos e não outros amigos para brincar. Havia, entretanto, um grande problema na amizade dos dois meninos: Bruno era filho de um soldado alemão, enquanto Shmuel era filho de judeu, portanto, a amizade dos dois era proibida,
Mesmo sendo proibida, a amizade de Bruno e Shmuel, ficava cada vez mais forte e intensa. Mesmo separados pela cerca, passavam horas e horas conversando e se divertindo com as curiosidades de Shmuel sobre Berlim, e a de Bruno sobre a Polônia. Este e vários outros assuntos cada vez mais apertavam os laços de amizade entre os dois.
Shmuel como prisioneiro de guerra, como modo de identificação dos judeus, usava uma roupa listrada em azul em escuro e claro, o que mais parecia um pijama qualquer e era a forma dos guardas alemães saberem quem era judeu e quem era alemão.
Mas devido à curiosidade que caracteriza toda criança, Bruno queria saber para que servia aquele ‘pijama’. Então Shmuel disse que arranjaria um ‘pijama’ daqueles para Bruno, o que acabou acontecendo.
Já vestido com um pijama listrado, Bruno conseguiu passar por baixo da cerca e ficar do outro lado, com Shmuel, e ficaram muito felizes, agora poderiam brincar a vontade e a todo o momento.

Essa felicidade durou pouco, pois quando Shmuel pediu ao Bruno que o ajudasse a procurar seu avô, no campo de concentração, e depois de vasculharem diversos locais, acabaram sendo conduzidos para dentro de um enorme galpão, que na realidade era uma câmara de gás, Eles não sabiam o que era aquilo, mas ao verem aquelas inúmeras pessoas tumultuadas, consideram a possibilidade de que o avô de Shmuel poderia estar lá.
Gritando pelo avô, os meninos circulavam entre a multidão confinada dentro do galpão quando a porta da câmara se fechou e dos chuveiros localizados no teto barracão, saia o gás que matou todo aquele povo, inclusive Bruno e Shmuel.

É realmente um grande livro, uma historia comovente que vale a pena ser lido.

Recomendo.

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