“O Cortiço” do grande autor brasileiro, nascido em São Luis, Aluisio Azevedo, filho do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo, e de D. Emília Amália Pinto de Magalhães, separada de um rico comerciante português, assiste Aluísio, quando garoto, ao desabono da sociedade maranhense a essa união dos pais contraída, algo que se configurava grande escândalo à época. Foi Aluísio, irmão mais novo do dramaturgo e jornalista Artur Azevedo, com o qual, em parceria, viria a esboçar peças teatrais e livros esplendorosos.
Hoje escreverei sobre o livro que julgo melhor e mais interessante, “O Cortiço”, no qual se tornou um clássico da literatura brasileira e mundial.
O livro relata a história de João Romão, um português, ranzinza e ambicioso, arrecadando dinheiro na base de difíceis sacrifícios, então resolve comprar um pequeno estabelecimento comercial no subúrbio da cidade, Rio de Janeiro.
Ao lado morava uma negra, escrava fugida, trabalhadeira, que possuía uma quitanda e umas economias. Os dois aproximam-se, passando a escrava a trabalhar como burro de carga para João Romão. Com o dinheiro de Bertoloza, a ex-escrava, o português compra algumas braças de terra e expandia sua propriedade. E para agradar a Bertoleza, inventa uma falsa carta de alforria.
Ao lado morava uma negra, escrava fugida, trabalhadeira, que possuía uma quitanda e umas economias. Os dois aproximam-se, passando a escrava a trabalhar como burro de carga para João Romão. Com o dinheiro de Bertoloza, a ex-escrava, o português compra algumas braças de terra e expandia sua propriedade. E para agradar a Bertoleza, inventa uma falsa carta de alforria.
Com o passar do tempo, João Romão compra mais terras e nelas constrói três casinhas que sem muito esforço as aluga. O negócio dá certo, os novos cubículos se vão amontoando na propriedade do português.
A procura de habitação é enorme, e João Romão, ganancioso, acaba construindo vasto e movimentado cortiço. Ao lado vem morar outro português, mas de classe elevada, com certa pose de pessoa importante, o Senhor Miranda, cuja mulher leva vida irregular. Miranda e João Romão não se davam muito bem, Miranda não vê com bons olhos o cortiço perto de sua casa.
No cortiço moram cidadãos dos mais variados tipos: brancos, negros, mulatos, lavadeiras, malandros, assassinos, vadios, benzedeiras etc. Entre outros: a Machona, lavadeira gritalhona, cujos filhos não se pareciam uns com os outros, Alexandre, mulato pernóstico, Pombinha, moça franzina que se desvirtua por influência das más companhias, Rita Baiana, mulata faceira que andava tirando proveito da ocasião com Firmo, malandro valentão, Jerônimo e sua mulher, e outros mais.
A procura de habitação é enorme, e João Romão, ganancioso, acaba construindo vasto e movimentado cortiço. Ao lado vem morar outro português, mas de classe elevada, com certa pose de pessoa importante, o Senhor Miranda, cuja mulher leva vida irregular. Miranda e João Romão não se davam muito bem, Miranda não vê com bons olhos o cortiço perto de sua casa.
No cortiço moram cidadãos dos mais variados tipos: brancos, negros, mulatos, lavadeiras, malandros, assassinos, vadios, benzedeiras etc. Entre outros: a Machona, lavadeira gritalhona, cujos filhos não se pareciam uns com os outros, Alexandre, mulato pernóstico, Pombinha, moça franzina que se desvirtua por influência das más companhias, Rita Baiana, mulata faceira que andava tirando proveito da ocasião com Firmo, malandro valentão, Jerônimo e sua mulher, e outros mais.
João Romão tem agora uma oportunidade que lhe dá muito dinheiro. No cortiço há festas com certa freqüência, destacando-se nelas Rita Baiana como dançarina provocante e sensual, o que faz Jerônimo perder a cabeça. Enciumado, Firmo acaba brigando com Jerônimo e, ágil na capoeira, corta a barriga de Jerônimo com uma navalha e foge.
Naquela mesma rua, outro cortiço se forma. Os moradores do cortiço de João Romão chamam-no de Cabeça-de-gato, como vingança, recebem o apelido de Carapicus. Firmo passa a morar no Cabeça-de-Gato, onde se torna chefe dos malandros. Jerônimo, que havia sido internado em um hospital após a briga com Firmo, arma uma emboscada traiçoeira para o malandro e o mata a pauladas, fugindo em seguida com Rita Baiana, abandonando a mulher. Querendo vingar a morte de Firmo, os moradores do Cabeça-de-gato consolidam séria briga com os Carapicus.
Um incêndio, porém, em vários barracos do cortiço de João Romão põe fim à briga coletiva. O português, agora cheio da grana, reconstrói o cortiço, dando-lhe uma nova imagem e pretende realizar um objetivo que há tempos vinha alimentando: casar-se com uma mulher de fina educação, legitimamente.
Naquela mesma rua, outro cortiço se forma. Os moradores do cortiço de João Romão chamam-no de Cabeça-de-gato, como vingança, recebem o apelido de Carapicus. Firmo passa a morar no Cabeça-de-Gato, onde se torna chefe dos malandros. Jerônimo, que havia sido internado em um hospital após a briga com Firmo, arma uma emboscada traiçoeira para o malandro e o mata a pauladas, fugindo em seguida com Rita Baiana, abandonando a mulher. Querendo vingar a morte de Firmo, os moradores do Cabeça-de-gato consolidam séria briga com os Carapicus.
Um incêndio, porém, em vários barracos do cortiço de João Romão põe fim à briga coletiva. O português, agora cheio da grana, reconstrói o cortiço, dando-lhe uma nova imagem e pretende realizar um objetivo que há tempos vinha alimentando: casar-se com uma mulher de fina educação, legitimamente.
Lança os olhos em Zulmira, filha do Miranda. Botelho, um velho parasita que mora com a família do Miranda e de grande influência junto deste, aplaina o caminho para João Romão, mediante o pagamento de vinte contos de réis.
E em breve os dois patrícios, por interesse, se tornam amigos e o casamento é coisa certa. Só há uma dificuldade: Bertoleza. João Romão arranja um piano para livrar- se dela: manda um aviso aos antigos proprietários da escrava, denunciando-lhe o paradeiro. Pouco tempo depois, surge a polícia na casa de João Romão para levar Bertoleza aos seus antigos senhores.
A escrava compreende o destino que lhe estava reservado, suicida-se, cortando o ventre com a mesma faca com que estava limpando o peixe para a refeição de João Romão.
E em breve os dois patrícios, por interesse, se tornam amigos e o casamento é coisa certa. Só há uma dificuldade: Bertoleza. João Romão arranja um piano para livrar- se dela: manda um aviso aos antigos proprietários da escrava, denunciando-lhe o paradeiro. Pouco tempo depois, surge a polícia na casa de João Romão para levar Bertoleza aos seus antigos senhores.
A escrava compreende o destino que lhe estava reservado, suicida-se, cortando o ventre com a mesma faca com que estava limpando o peixe para a refeição de João Romão.
Um livro fantástico, em que Aluisio Azevedo consegue fazer com que o cortiço de João Romão seja o personagem principal da trama.
Recomendo a todos.
O texto ficou excelente. Embora seja seu grande fã, é impossivel negar a evolução do seu texto.
ResponderExcluirMeus sinceros parabens.
Com carinho,
Luis Antonio (avô)
Oi Luis Neto :)
ResponderExcluirA resenha ficou realmente mto boa, parabens!!
Acredita que eu nunca li O Cortiço?!
Vou pegar na biblioteca pra ler ^^
Beijos
Rapha - Doce Encanto
adorei lu...♥ me deu ate vontade de ler... quando for na sua casa vc me fala mais dele...♥
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