sexta-feira, 10 de agosto de 2018
Meu Nome é Vermelho
“Meu Nome é Vermelho” do autor Orhan Pamuk, ganhador do Premio Nobel de Literatura de 2006, revela a vida do final do século XVI na Turquia. Mesclando narradores a cada capitulo, Orhan Pamuk, demonstra todo seu talento de persuasão e entendimento sobre o assunto que se propõe a tratar, ao fazer toda a trama dos personagens sobre sua terra natal, Istambul.
O livro retrata a historia de uma arte que hoje praticamente não existe mais, ou é muito rara, que é o iluminista, extraordinários artistas que retratavam em figuras pintadas a mão, trabalhos ricos em detalhes. Os livros escritos e ilustrados por estes profissionais podem ser encontrados em grandes bibliotecas ou em fotos pela internet. Um trabalho grandioso.
A historia do livro inicia com uma viagem até Istambul, do século XVI onde a cidade estava em festa, pois comemoravam o primeiro século de Hergira, cerimônia esta que celebra a partida do profeta Maomé e seus seguidores da cidade de Meca para Yatrib no ano 622 da Era Cristã.
Para comemorar este evento grandioso, o sultão encomendou que fosse escrito e desenhado um livro que pudesse representar a riqueza e o poder do Império Otomano, que passava o seu melhor momento. Para realizar esta obra são convidados os mais renomados pintores miniaturistas da época.
O objetivo do sultão era os pintores miniaturistas fazerem as iluminuras com técnicas ocidentais, na qual transparecesse o modo de florescimento da pintura renascentista. Esta forma de editar o livro afrontava diretamente os princípios islâmicos e daí inicia o desenrolar deste grande romance.
Um iluminista da corte aparece morto no fundo de um poço e dai inicia-se uma historia não só de mistério, mas também uma história de amor. A narrativa desenrola-se em torno das investigações deste homicídio, contada alternadamente por diferentes personagens, a maioria humanas, mas também por animais e objetos. Um romance exótico onde se espelha a tensão entre Ocidente e Oriente. Quem seria o responsavel pelo crime?
Todos suspeitavam dos islâmicos, mas ninguém podia afirmar ou será que foi alguma rivalidade profissional? Crime passional?’ Ninguém sabia.Esse suspense se prolonga por vários capítulos, sendo passada a narração por vários personagens.
Um dos personagens, Negro depois de ficar doze anos de ausente, volta a Istambul e é convocado a assumir o caso e desvendar o mistério, porém como naquela época a política era muita rígida, foi dado ao Negro apenas três dias para ele descobrir que teria sido o assassino do miniaturista. Caso conseguisse essa façanha no prazo determinado, poderia se casar com seu único e verdadeiro amor, a bela Shekure, mas se não conseguisse seria condenado a morte.
Negro começa as investigações e o autor narra historias contados por diversos personagem, entre eles um cachorro, um cadáver, uma moeda falsa e até a cor Vermelho, que da nome ao livro, e que seria um dos grandes aliados para o descobrimento do mistério que a tempos tirava o sono de muitas pessoas.
Vencido o prazo de três dias, Negro teria que contar a todos o que havia descoberto, se é que havia descoberto algo. A ansiedade e o medo tomavam conta do herói do livro, que apesar do nervosismo e pressão que sofria, sabia quem era o assassino, mas sabia que ao revelar o nome, seria um choque para todos.
Querem saber o final desta historia? Se eu contar aqui e agora vou criar o desinteresse em muitos, razão que sugiro a leitura do mesmo. O livro é maravilhoso.
Recomendo a todos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Papillon - o Homem Que Fugiu do Inferno
Você gosta de aventuras? A historia de Papillon é verdadeira e o que não falta é aventuras. Este livro eu encontrei num sebo já há algum ...
-
Jorge Leal Amado de Faria – Jorge Amado, como ficou conhecido, nasceu em Itabuna, cidade próxima a Ilhéus, no sul da Bahia, região que o ...
-
“1808”, é um grande sucesso literário brasileiro com mais de meio milhão de livros vendidos. Escrito pelo jornalista historiador paranaense...
Nenhum comentário:
Postar um comentário